domingo, 26 de março de 2017

PASSE – Roque Jacintho.

O passe, modalidade de socorro fraterno, enobrecido pelo cristianismo, é terapêutica revivida e explicada, em sua mecânica e em sua vital importância, pelo Espiritismo-cristão.
Hoje, popularizada sob tal nome, que lhe define a essência, essa prática sempre foi de todos os lugares e de todos os tempos, externamente revestida das mais variadas fórmulas e dos mais exóticos ritos, ajustados ao degrau mental de seus praticantes: nasce o passe no cântico ou evocação dos selvagens em favor dos enfermos de sua tribo, passando pelas vias da "benzedura" e das "rezas" de médiuns naturais, chegando à bênção sacerdotal pelos doentes, encontradiço na prece maternal em favor de filhos assaltados pelas dores ou pelas angústias e tribulações, e culmina nos Templos do Espiritismo-cristão da atualidade, onde foi incorporado como recurso fundamental para a rearmonização do perispírito no curso das diversas provas e expiações e das mais variadas enfermidades da alma ou do corpo.
É transfusão dirigida de fluidos.
Como permuta das energias universais - quer entre desencarnados, quer entre encarnados - elege-se por delicado e precioso auxiliar a ser utilizado no tratamento das doenças de longo curso; nas crises bruscas de repentinas dores; no combate às chamadas "doenças-fantasmas"; nas perturbações espirituais transitórias que sofrem as almas encarnadas; nas enfermidades da mente; no reequilíbrio de si mesmo, quando o homem está sob o fogo da auto-obsessão; nos abalos do sistema nervoso; na terapia dos complexos...
Por atuar diretamente sobre o perispírito, ou seja, sobre a matriz onde se funde o nosso organismo físico e, por conseguinte, onde se localizam as raízes profundas de nossos distúrbios somáticos, é o passe o mais importante elemento para promoção do equilíbrio perdido ou ainda não conquistado, sempre que todo e qualquer desajuste se instale ou se revele.
Livro: Passes e Passistas
Roque Jacintho.

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