sábado, 6 de dezembro de 2014

Oração - Emmanuel

“Perseverai em oração, velando nela com ação de graças.” - Paulo (Colossenses, 4:2) 
Muitos crentes estimariam movimentar  a prece, qual se mobiliza uma vassoura ou um martelo.
Exigem resultados imediatos, por desconhecerem qualquer  esforço preparatório. Outros perseveram na oração, mantendo­se, todavia, angustiados e espantadiços. Desgastam­se e consomem valiosas energias nas aflições injustificáveis. Enxergam somente a maldade e a treva e nunca se dignam examinar  o tenro broto da semente divina ou a possibilidade próxima ou remota do bem.
Encarceram­se no “lado mau” e perdem, por vezes, uma existência inteira, sem qualquer propósito de se transferirem para o ‘‘lado bom’’.
Que probabilidade de êxito se reservará ao necessitado que formula uma solicitação em gritaria, com evidentes sintomas de desequilíbrio? O concessionário  sensato, de início, adiará a solução, aguardando, prudente, que a serenidade volte ao  pedinte.
A palavra de Paulo é clara, nesse sentido. É indispensável persistir  na oração, velando nesse trabalho  com ação de graças. E forçoso é reconhecer que louvar não é apenas pronunciar votos brilhantes. É também alegrar­se em pleno combate pela vitória do bem, agradecendo ao Senhor 
os motivos de sacrifício e sofrimento, buscando as vantagens que a adversidade e o  trabalho nos trouxeram ao espírito.
Peçamos a Jesus o dom da paz e da alegria, mas não nos esqueçamos de glorificar­lhe os sublimes desígnios, toda vez que a sua vontade misericordiosa e justa entra em choque com os nossos propósitos inferiores. E estejamos convencidos de que oração intempestiva, constituída de pensamentos desesperados e descabidas exigências, destina­se ao chão renovador qual acontece à flor  improdutiva que o  vento leva.
Livro: Pão Nosso.
Emmanuel / Chico Xavier.

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