domingo, 12 de outubro de 2014

SEXO TRANSVIADO - Emmanuel

Ouvirás referências descaridosas, em torno do sexo transviado; no entanto, guardarás invariável respeito para com os acusados, sejam Eles quais forem.
Muito fácil traçar caminhos no mapa. Sempre difícil trilhá-los, debaixo da tempestade, às vezes sangrando as mãos para sanar dificuldades imprevistas.
É preciso saber penetrar fundo nas necessidades do Espírito, para enxergá-las com segurança.
Aplica a bondade e a compreensão, toda vez que alguém se levante contra alguém, porque, em matéria de sexo, com raras exceções, todos trazemos heranças dolorosas de existências passadas, dívidas a resgatar e problemas a resolver.
Muitos daqueles que apontam, desdenhosamente, os irmãos caídos em desequilíbrio emotivo, imaginando-se hoje anichados na virtude, são apenas devedores em moratória, que enfrentarão, amanhã, aflitivas tentações e provações, quando soar o momento de reencontrarem os seus credores de outras eras.
Não condenarás.
Enunciando tais conceitos, não aceitamos os desvarios afetivos como sendo ocorrências naturais. Propomo-nos definí-los por doenças da alma, junto das quais a piedade é trazida para silenciar apreciações rigorístas.
Nas quedas de sentimento, há que considerar não somente a fraqueza, necessitada de compaixão, mas também, e muito comumente, o processo obsessivo que reclama socorro ao invés de censura. Não podemos medir a nossa capacidade de resistência, no lugar do companheiron(a) em crise, e, por isso, é aconselhável caminhar com a misericórdia em quaisquer situações, para que a misericórdia não nos abandone quando a vida nos chame ao testemunho de segurança Moral.
Se alguém caiu em desvalimento ou desceu à loucura, em assunto do coração, misericórdia para ele (a)!
Em todas as questões do sexo transviado, usa a misericórdia por base de qualquer recuperação. E, quando a severidade nos intime a gritar menosprezo, acalentar maledicências, estender escárnio ou receitar punições, recordemos Jesus Cristo, aquele de nós que jamais tenha errado, em nome do amor, seja em pensamento ou palavra, atitude ou ação, atire a primeira pedra.
Livro: Encontro Marcado.
Emmanuel / Chico Xavier.

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