domingo, 9 de fevereiro de 2014

Fracasso e Responsabilidade – Joanna de Ângelis.

Muito cômodo atribuir-se o insucesso das realizações a outrem, transferindo responsabilidades.
Incapaz de encarar o fracasso do verdadeiro ângulo pelo qual deve ser examinado, o homem que faliu acusa os outros e exculpa-se, anestesiando os centros do discernimento, mediante o que espera evadir-se do desastre.
Há fatores de vária ordem que contribuem poderosamente em todo e qualquer cometimento humano. O homem de ação, porém, graças aos seus valores intrínsecos reais, responderá sempre pela forma como conduz o programa que tem em mãos para executar. Assim, portanto, pelos resultados do empreendimento;
Pessoas asseveram em face dos desequilíbrios que se permitem: “Não tinha outra alternativa. Fui induzido pelos maus amigos.”
Outras criaturas afirmam após a queda: “Os Espíritos Infelizes ganharam a batalha, após a insistência e a perseguição que eu não mais agüentava.
Diversos justificam a negligência, sob o amparo do desculpismo piegas e da desfaçatez indébita.
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Luta sem desfalecimento e perseverança no posto em qualquer circunstância são as honras que se reservam ao candidato interessado na redenção.
O vinho capitoso flui da uva esmagada.
O pão nutriente surge do trigo triturado.
A água purificada aparece após vencer o filtro sensível.
Os dons da vida se multiplicam mediante as contribuições poderosas da transformação, da renovação, do trabalho.
Não te escuses dos dissabores e desditas, acusando o teu irmão.
Mesmo que ele haja contribuído para a tua ruína, és o responsável. Porque agiste de boa-fé com leviandade, ou tutelado pela invigilância, não te deves acreditar inocente.
Cada um sintoniza com o que lhe apraz e afina.
O Evangelho na sua beleza e candidez de linguagem, registra e nos recorda a incisa e concisa lição do Mestre: “Sede mansos como as pombas e prudentes como as serpentes.”
Sem que estejas em posição belicosa, colocado em situação contrária, abre a alma ao amor para com todos, porém vigia “o coração porque dele procedem as nascentes da vida”.
Diante de qualquer fracasso, refaze as forças, assume responsabilidades e tenta outra vez. Quiçá seja esse o feliz instante de acertares logrando êxito.
Livro: Leis Morais da Vida.
Joanna de Ângelis / Divaldo Franco. 

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