sexta-feira, 29 de novembro de 2013

REENCARNAÇÃO - Miramez


0132/LE
O objetivo da reencarnação do Espírito é o seu despertamento. Tudo que sai das mãos de Deus conduz latentes valores imortais. O tempo encarregar-se-á de formar meios e angariar métodos de acordar as almas para que elas sintam suas necessidades de progredir e de amar.
O que chamamos de perfeição são os talentos que Deus nos deu por misericórdia, aflorados e iluminados por inúmeras experiências de vivência, frente a frente com múltiplos problemas, dores e sacrifícios, na extensão de vidas sem conta, na argamassa da carne. Deus nos impôs a reencarnação para no mostrar o que temos de fazer para nós mesmos. Aquilo que devemos fazer, não podemos passar para outro; cabe-nos enfrentar os nossos deveres com a disposição que a fé nos faculta. O nosso Pai Celestial nunca se esqueceu da Sua paternidade, desde os primeiros momentos da criação, até aos Espíritos puros que o cercam dispostos a fazer a Sua vontade.
Os Espíritos se originam do mesmo princípio único, tocados com o mesmo amor pela Divindade. A justiça de Deus é perfeita em todos os rumos da Sua sabedoria, e neste entendimento é que os seres criados passam pelos mesmos processos de despertamento espiritual, mas, com reações diversas. O ponto de saída e chegada é o mesmo para todos os Seus filhos. As diferenças que encontramos de alma para alma, de homem para homem, já deves ter deduzido, é a idade de cada ser, na pauta das suas existências. Quanto, ao que muitos escritores espiritualistas dizem, que uns sofrem e outros não, na ascensão que deviam conquistar, é opinião falsa, por não encontrar ressonância na justiça do Todo-Poderoso. Se nasceram todos simples e ignorantes todos foram às escolas, onde os ensinamentos são os mesmos e idênticas às necessidades. Mesmo que as modalidades de aprendizagem sejam diversas, no fim, a soma de trabalhos, dores e sacrifícios, de esforços individuais para aquisição dos poderes, é a mesma, em busca das trilhas de libertação dos seus valores morais e espirituais.
No princípio recebemos de mãos generosas o apoio correspondente às nossas necessidades que, quando adultos passamos a doar aos que se encontram na nossa retaguarda, como compensação pelo que recebemos. Essa é uma lei: nada fica sem resposta na vida. Tudo que existe, toma forma, perde a forma e torna a tomar corpo. E a alma não pode fugir dessa lei universal, porque a reencarnação nos favorece o crescimento espiritual mais rápido. Somos, por assim dizer, agredidos pela matéria, e dessa agressão acordamos cada vez mais para o Amor, especulando em todos os sentidos para aquisição da sabedoria. Bendita seja a reencarnação, que nos aprimora e que nos eleva, dando-nos a entender que não existe a morte.
Livro: Filosofia Espírita – Vol. III
Miramez / João Nunes Maia.
Estudando O Livro dos Espíritos – Allan Kardec.
132. Qual o objetivo da encarnação dos Espíritos?
Deus lhes impõe a encarnação com o fim de fazê-los chegar à perfeição. Para uns, é expiação; para outros, missão. Mas, para alcançarem essa perfeição, têm que sofrer todas as vicissitudes da existência corporal: nisso é que está a expiação. Visa ainda outro fim a encarnação: o de pôr o Espírito em condições de suportar a parte que lhe toca na obra da criação. Para executá-la é que, em cada mundo, toma o Espírito um instrumento, de harmonia com a matéria essencial desse mundo, a fim de aí cumprir, daquele ponto de vista, as ordens de Deus. É assim que, concorrendo para a obra geral, ele próprio se adianta.

Allan Kardec.: A ação dos seres corpóreos é necessária à marcha do Universo. Deus, porém, na Sua sabedoria, quis que nessa mesma ação eles encontrassem um meio de progredir e de se aproximar Dele. Deste modo, por uma admirável lei da Providência, tudo se encadeia, tudo é solidário na Natureza.

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