sábado, 27 de abril de 2013

O Bem e o Mal

Conceito:
Bem - Designa, em geral, o acordo entre o que uma coisa é com o que ela deve ser. É a atualização das virtualidades inscritas na natureza do ser. Relaciona-se com perfeito e com perfectibilidade. Segundo o Espiritismo, tudo o que está de acordo com a lei de Deus.
Mal - Para a moral, é o contrario de bem. Aceita-se, também, como mal, tudo o que constitui obstáculo ou contradição a perfeição que o homem é capaz de conceber, e, muitas vezes, de desejar. Segundo o Espiritismo, tudo o que não está de acordo com a lei de Deus
Na questão 629 de LE, os Espíritos nos apresenta a definição de moral:
“A moral é a regra de conduta e, portanto da distinção entre o bem e o mal. Funda-se na observação da lei de Deus. O homem se conduz bem quando faz tudo tendo em vista o bem e para o bem de todos, porque então observa a lei de Deus”.
O escuro é ausência da luz. “Faça-se a luz e a luz se fez” (VT, Genesis, cap.1); a infelicidade é a ausência da  felicidade; o frio é a ausência do calor, o mal é a ausência do bem, assim como ódio é a ausência do amor; portanto, não existem a escuridão, a infelicidade e o mal e muitos menos o ódio. Podemos ter certeza que nossos inimigos são aquelas pessoas que ainda não descobriram que nos amam.
De acordo com a Doutrina Espírita, o problema do bem e do mal está relacionado com as leis de Deus e o progresso alcançado pelo Espírito ao longo de suas varias encarnações.
Muitos pensam que Deus, que é o criador do mundo e de tudo o que existe, também é o criador do mal. Para tanto, as religiões dogmáticas elaboraram uma série de raciocínios sobre a demonologia, ou seja, o tratado sobre o diabo. Baseando-nos nessas imagens, seriamos forçados a crer que existem dois deuses, digladiando-se reciprocamente. A lógica e os ensinamentos espíritas apontam-nos, porém, para a existência de um único Deus, que é a inteligência suprema, causa primária de todas as coisas. Como um de seus atributos é ser infinitamente bom, Ele não poderia conter a mais insignificante parcela do mal. Assim, Dele não pode provir à origem do mal.
Mas o mal existe e deve ter uma origem.
O mal existe e tem uma causa. Há, porém, males físicos e morais. Há os que não se pode evitar (flagelos) e os que se podem evitar (vícios).
Porém, os males mais numerosos são os que o homem cria pelos seus vícios, os que provém do seu orgulho, do seu egoísmo, da sua ambição, da sua cupidez, de seus excessos em tudo. No que tange aos flagelos naturais, o homem recebeu a inteligência e com ela consegue amenizar muito desses problemas.
No sentido moral, o mal só pode estar assentado numa determinação humana, que se fundamenta no livre-arbítrio. Enquanto o livre-arbítrio não existia, o homem não cometia o mal, porque não tinha responsabilidades pelas suas ações. O livre-arbítrio é uma conquista do Espírito e, conseqüentemente geram nossas escolhas.
Não podemos esquecer que “fazer o bem não é apenas ser caridoso, mas ser útil na medida do possível, sempre que o auxilio se faça necessário”. (LE questão 643) Allan Kardec diz acertadamente que toda religião que não melhora o homem não atinge a sua finalidade. A pureza verdadeira é sempre a pureza moral, a única que aprimora o Espírito.
Livro: FEESP – CURSO BÁSICO DE ESPIRITISMO – 2º ANO

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