sexta-feira, 22 de março de 2013

SETE DEUSAS - Perséfone Diana

Em mim habita uma mitologia secreta...
Criva em meu coração com uma flecha de lírios brancos.
Sou Atenas quando no labor tenho a vitória justa.
No meu limite natural tenho a luz do sol, sou Diana.

No amor a quem dedico inteireza, eu sou a Hestia...
Na totalidade de nossos corpos eu sou a Hera.
Quando eu debulho os grãos pelas minhas mãos, eu fiz o pão...
Na minha carência e na minha desproteção eu sou Deméter.

No meu mundo dividido entre o real e o imaginário,
Na inconsciência dos meus desejos eu sou Perséfone.
Quando eu te hipnotizo com o meu poder de sedução...
Provou da minha arma mortal, eu sou a deusa do amor, Afrodite.

Sendo deusas sou dona das jóias preciosas...
No rubi que tenho da sua boca, eu te degusto e te bebo...
Na luz que vem do teu olhar, é meu topázio lapidado...
Eu faço fortaleza na sua presença, em proteção...

Ao contemplar todo o universo das deusas, me ouvirá...
Um som de voz te fala de longe levado pelo vento...
Eu te encontro naquela ponte imaginária,
Estarei do outro lado aguardando a sua travessia...

Ao encontrar o meu corpo, beija meus lábios,
Nesse recanto mitológico eu te necessito!
Quando teu olhar encontrar os meus olhos,
Serei a sua menina, e verás que sempre estive ao seu lado.

Nos meus sonhos eu te coroei...
Com uma coroa feita de hastes...
Fiz-te meu, nesse mundo surreal.
Batizei-te com um novo nome, quando despetalou a minha rosa.

Nesse místico amor eu grito: _Eu te gosto, Eu te gosto!
Amei-te, quando a flor floresceu na sua haste...
As borboletas saíram da metamorfose e voaram...
O bem-te-vi no alto do flamboyant...
Com um canto que nos viu, nos abençoou e nos acasalou.
Agora eu não te busco mais, fui sete deusas...
Depois de unir todos os poderes vivemos bem juntos...
Como o galho e a folha, o tronco e a raiz...
Tão dependentes do outro, é sinal de vida...
Boto a mão no meu peito...
Sinto que a sua mão já estava lá...
Sentindo o pulsar do meu coração...
Nesse amor de deusas, é meu homem...
Usei a minha túnica branca cobrindo meu corpo...
Nesse ritual te santifiquei e te chamei de meu.

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