sábado, 23 de março de 2013

I N V E R S Ã O

         “Uns se dizem ricos sem ter nada; outros se dizem pobres, sendo mui ricos.” Pv. 13 v 7.
A complexidade do ser humano, de certo modo, ultrapassa alguns dos mais apurados raciocínios. Aproveitando o versículo em pauta, é bom que se note que muitos ricos sentem felicidade em dizer que são pobres, e pobres, grande prazer em falar que são ricos.
Conforme a intensidade das idéias, vivemos o que realmente pensamos.
Tanto a riqueza quanto a pobreza são ilusões necessárias, astros volantes que passam nos céus, de todas as vidas, consertando destinos e modificando conceitos dos que viajam com eles.
Quem gosta de dizer que fez isso ou aquilo na vida; que o que tem foi ganho com toda a honestidade, sem que ninguém o ajudasse, sempre afirmando que aquele que nada possui se esqueceu de trabalhar... coloque as suas opiniões de molho: louvor em boca própria é desmerecimento na própria conduta.
O que fazes de bom, não sejas tu o anunciador, para que a tua fala não seja desprevenida de modéstia, nem falsificada pela vaidade.
A inversão tem seu valor, no lugar adequado...
E muitas delas precisam que esteja presente o Silêncio!...
Quem teme que o bem que faz fique escondido desconhece as leis de Deus. Nem o bem, nem o mal de que nos fizermos instrumento permanecem ocultos.
Tudo que fazemos fala por si mesmo, atingindo desde os ouvidos humanos até as pulsações do éter.
Não há dúvidas que o nosso pensamento deve estar positivo, em tudo quanto a nossa missão nos impuser. Contudo, a experiência nos mostra, com clareza, que as mãos têm de ficar ocupadas.
Se não fazes nada, e diante dos outros fazes tudo, nas linhas da teoria, praticas inversão perigosa!... Se fazes tudo, e negas o concurso que o testemunho te convida a dar, para que os outros também façam alguma coisa, não deixes de falar um pouco no valor do trabalho, sem esquecer a decência.
Não devemos nos apegar nem às riquezas nem à pobreza, em se referindo às coisas materiais.
Devemos, sim, procurar trilhar os caminhos que nos levam à verdade, para que abreviemos o momento em que possamos quebrar os grilhões que nos prendem, e suspendermos as mãos, livres, para os céus.
Pelo Espírito: CARLOS
Psicografia: JOÃO NUNES MAIA
Do livro: TUAS MÃOS

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