domingo, 3 de fevereiro de 2013

Clareza de Pensamento.

“Os Espíritos superiores se exprimem de maneira simples, em profundidade; sem estilo é conciso, sem excluir a poesia de idéias e de expressões, claro, inteligível para todos, e não exige esforço para ser compreendidos; têm a arte de dizerem muitas coisas com poucas palavras, porque cada palavra tem sua importância.” (Livro dos Médiuns – Allan Kardec, 2ª parte – cap XXIV, item 267-9º).
Terão verdadeiramente clareza de pensamento aqueles que trataram as “coisas simples” com a merecida importância, e as “coisas importantes” com a devida simplicidade.
Entre os inúmeros pensamentos iluminados de Blaise Pascal – matemático, filósofo e escritor francês do século XVII -, destacamos: “A eloqüência é arte de dizer as coisas de tal maneira que aqueles a quem se fala possam entendê-las sem esforço, cansaço, nem dificuldade, antes com interesse e prazer suficientes para que o amor-proprio os leve de boa vontade a refletir sobre elas”.
Em psicologia, “compensação” é um mecanismo de ajustamento ou de defesa que leva o indivíduo a desenvolver certas potencialidades para suprir suas supostas deficiências. É um modo prático de purificar estímulos indesejáveis. Por exemplo: o pressuposto de se sentir sujo se transforma num excesso de limpeza. Um impulso de raiva pode emergir de nossa intimidade e ser forjado por uma atitude de extremada tolerância ou afabilidade. Uma criatura que cultiva um caráter de “certeza absoluta” passa a ter, imperceptivelmente, um “comportamento dogmático”, por causa de incertezas quanto à sua dignidade. Ou mesmo, um “pudor exagerado” é quase sempre uma compensação para refrear desejos sexuais naturais. Assim também, uma atitude de preocupação desmedida pela saúde de um parente poderá estar compensando um desejo inconsciente de se liberar da responsabilidade com esse mesmo familiar.
Obviamente, não podemos suspeitar de toda boa inclinação como um disfarce psicológico. Estamos apenas nos referindo aos comportamentos de reação exasperada e de tendências que ultrapassam os limites da normalidade.
Muitas criaturas acreditam que, para expressarem as mensagens espirituais, grafadas ou verbalizadas, seria preciso recheá-las de frases empoladas acrescidas de pomposo conhecimento ou literatura exibicionista. Talvez estejam só compensado sua auto-imagem inferiorizada ou um sentimento de baixa auto-estima. O desejo de auto-afirmação pode aparecer em forma de uma busca continuada de aprovação dos outros.
O meio mais fácil de reconhecer a verdadeira identidade dos Espíritos, ligado ou não na matéria densa, é pela, “arte de dizerem muitas coisas com poucas palavras, porque cada palavra tem sua importância”.
Eles são sintéticos, ou seja, formulam uma operação intelectual agrupando fatos em um todo harmonioso, lógico, estruturado e homogêneo, resumindo-os numa visão total e abrangente. E se expressam com clareza de pensamento e de forma segura.
No mundo físico, tanto como no mundo astral, as criaturas que pensam claramente desenvolveram a harmonia interior ou de ordem mental. Elas sabem que, enquanto o “eu superficial” não poderá iluminar o verdadeiro caminho para a vida plena. Aliás, só quando elaborarmos a ordem mental é que conquistaremos a harmonia da alma.
“Os Espíritos inferiores, ou falsos sábios, escondem sob a presunção e a ênfase o vazio dos pensamentos. Sua linguagem, freqüentemente, é pretensiosa, ridícula, ou obscura à força de querer parecer profunda”. (Livro dos Médiuns – Allan Kardec, 2ª parte, cap. XXIV, item 267-9º).
Os sábios se comunicam com sabedoria e simplicidade, são realistas, determinados e decididos. Os pseudo-sábios falam com ostentação e pedantismo, são tediosos, repetitivos e difusos. Querem parecer importantes aos olhos dos outros para preencherem o vazio que sentem em seu íntimo, ou para compensarem sem complexo de inferioridade ou determinados desejos frustrados.
No mundo espiritual, há várias moradas e uma multidão de seres com diversos níveis de consciência. Algumas moradas são coexistentes com a terra. Indivíduos que buscam compensação em uma profunda sensação querer ser visto, ouvido, apreciado, sintonizam com criaturas desencarnadas que cultivam essa mesma necessidade de atenção. Estabelecem um ajuste vibracional com aqueles que possuem um “perfil de maturidade” igual ao seu, produzindo e combinando fluidos semelhantes, criando, assim, elos de idêntica natureza.
Um auto-exame nos permitirá tocar mais fundo em nossa essência, possibilitando uma compreensão acurada de nossos problemas existenciais.
O segredo da libertação de todos os males está na auto-descoberta e na aceitação de si mesmo. Quando mais evitarmos olhar para nossas facetas desajustadas, compensando-as ilusoriamente ou projetando-as nas coisas ou nas pessoas, mais nos distanciaremos da paz. E uma satisfação precária e temporária nos acompanhará.
A evolução a que a Doutrina Espírita se reflete acontece em conseqüência da mudança interior. A clareza de pensamento aparece no decorrer do processo de amadurecimento e crescimento espiritual, conduzindo-nos à compreensão de que toda deficiência precisa ser corajosamente aceita e entendida, para poder ser mudada.
Livro: A Imensidão dos Sentidos
          Aprendendo a lidar com a sua mediunidade.
Espírito: Hammed.
Médium: Francisco do Espírito Santo Neto.
Estudando o Livro dos Médiuns – Allan Kardec. Cap. XXIV
267 - 9º - Os Espíritos superiores se exprimem com simplicidade, sem prolixidade. Têm o estilo conciso, sem exclusão da poesia das idéias e das expressões, claro, inteligível a todos, sem demandar esforço para ser compreendido. Têm a arte de dizer muitas coisas em poucas palavras, porque cada palavra é empregada com exatidão. Os Espíritos inferiores, ou falsos sábios, ocultam sob o empolamento, ou a ênfase, o vazio de suas idéias. Usam de uma linguagem pretensiosa, ridícula, ou obscura, à força de quererem pareça profunda.

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