domingo, 11 de novembro de 2012

A Família Maior


“Quem é minha mãe e quem são meus irmãos?” - Jesus / Mateus 12:48.
Indevidamente analisada, a pergunta de Jesus tem tudo para ser entendida como demonstração de indiferença familiar.
Porém, tal análise estaria presa ao condicionamento humano que estabeleceu como nossa família somente os que são vinculados pela consangüinidade.
Depois dos mais próximos laços, como os de pai, de mãe e de irmãos, os demais vão-se esmaecendo para ficarem apenas no nível das considerações sociais sem maiores envolvimentos. São relações estritamente da faixa corporal.
Em termos espirituais, contudo, a situação se altera profundamente, bastando observar o número enorme de verdadeiros pais, mães e irmãos que é achado no grupo de afetos estranhos biologicamente, e quantos ferrenhos inimigos, ou, simplesmente, indiferentes, são encontrados no circulo do sangue.
Não fosse o conhecimento das leis que regulam os renascimentos das almas na Terra, presos a afetos e desafetos, de tempos remotos ou próximos, por certo não compreenderíamos a nossa possibilidade de renascer vinculados a uma família biológica, longe da família da alma, ou renascer naquela mantendo-nos bem próximos desta última.
Certo é que renascemos num circulo consagüineo com o qual desafinamos, o objetivo do Criador é que aprendamos a transformar antipatia em simpatia, indiferença em digno interesse, malquerenças em amor, ampliando o circulo da família espiritual, que é a definitiva e real. Tristemente, nem sempre vemos alcançado esse objetivo do Mundo Superior. Muitas vezes, parece mais fácil fugir, desistir, adiar...
Os vínculos queridos da família espiritual que nos apoia existem, para que encontremos forças íntimas e boa disposição para operarmos o trabalho de conquista daqueles que nos sejam difíceis, sem perdermos a oportunidade de fazê-lo.
Quando o Mestre interroga sobre quem seriam sua mãe e irmãos, consegue imprimir em nossa mente essa necessidade de cogitar disso.
Não se trata de mostrar qualquer menosprezo para com seus parente, tanto que os vai atender, particularmente a Sua mãe. O que está em foco é a não exclusividade da família corporal. Como se devêssemos nela apenas, fixar as nossas atenções e preocupações, abrindo mão de todo bem que temos o dever de entender a nossa família maior junto a todos os que buscam a vontade de Deus.
Os laços de sangue são precários, sem duvida. Os que permanecem são os da alma porque são perenes, indissolúveis.
O propósito do Criador é o de que pouco a pouco, toda a humanidade, essa mesma que hoje se “divide” em castas, classes, cores e raças, possa, um dia, ser unida como uma só família de enobrecidas afinidades espirituais, conformando, de fato, um só rebanho sob a guarda do Celestial Pastor, que é Jesus.
Jesus é o Espírito que veio nos ajudar a distender a nossa capacidade de amar para além do nosso grupo de parentela física, a fim de conquistarmos mais ampla vitória sobre o multimilenário egoísmo.
Livro: Quem é o Cristo?
Espírito: Francisco de Paula Vitor
Médium: Raul Teixeira. 

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