sexta-feira, 21 de setembro de 2012

Ĉu oni devas riski sian vivon por malbonfaranto? / Deve-se expor a vida por um malfeitor?

ĈU ONI DEVAS RISKI SIAN VIVON POR MALBONFARANTO?
15. Homo estas en danĝero de morto; por savi lin alia devas riski sian vivon; sed oni scias, ke tiu homo estas maliculo, kaj ke, se li saviĝos, li povos fari novajn krimojn. Ĉu tiu alia devas tamen riski sian vivon, por savi lin?
Tiu demando estas tre grava kaj povas prezenti sin al la spirito tre nature. Mi respondas laŭ mia morala progreso, ĉar ni ne scias sufiĉe, por diri, ĉu oni devas riski sian vivon ĉe por malbonfaranto. La sindonemo estas blinda: oni helpas malamikon; oni devas do helpi ankaŭ malamikon de la socio, unuvorte malbonfaranton.
Ĉu vi kredas, ke oni tiam kuras por savi la malfeliĉulon nur de la morto? eble oni savas lin de lia tuta pasinta vivo. Efektive, pripensu, ke en tiuj rapidaj momentoj, kiuj reprezentas la lastajn minutojn de lia vivo, la perdita homo revenas al sia pasinta vivo, aŭ, pli precize, lia pasinta vivo stariĝas antaŭ li. Eble la morto alvenas tro frue al li; lia reenkarniĝo povos esti terura; antaŭensaltu do, homoj! vi, al kiuj spiritisma scienco portis lumon; antaŭensaltu, kaj forprenu lin de lia kondamno, kaj eble tiu homo, kiu mortus blasfemante kontraŭ vi, ĵetos sin en viajn brakojn. Tamen ne demandu, ĉu li tion faros aŭ ne, sed iru lin helpi, ĉar savante lin, vi obeas la voĉon de via koro, kiu diras al vi: “Ci povas lin savi, savu lin!”
Lamennais. Parizo, 1862.
La Evangelio Laŭ Spiritismo – Allan Kardec.
Ami sian proksimulon kiel sin mem – Ĉap. XI : 15.
Deve-se expor a vida por um malfeitor?
Acha-se em perigo de morte um homem; para o salvar tem um outro que expor a vida. Sabe-se, porém, que aquele é um malfeitor e que, se escapar, poderá cometer novos crimes. Deve, não obstante, o segundo arriscar-se para o salvar?
Questão muito grave é esta e que naturalmente se pode apresentar ao espírito. Responderei, na conformidade do meu adiantamento moral, pois o de que se trata é de saber se se deve expor a vida, mesmo por um malfeitor.
O devotamento é cego; socorre-se um inimigo; deve-se, portanto, socorrer o inimigo da sociedade, a um malfeitor, em suma. Julgais que será somente à morte que, em tal caso, se corre a arrancar o desgraçado? E, talvez, a toda a sua vida passada. Imaginai, com efeito, que, nos rápidos instantes que lhe arrebatam os derradeiros alentos de vida, o homem perdido volve ao seu passado, ou que, antes, este se ergue diante dele. A morte, quiçá, lhe chega cedo demais; a reencarnação poderá vir a ser-lhe terrível. Lançai-vos, então, ó homens; lançai-vos todos vós a quem a ciência espírita esclareceu; lançai-vos, arrancai-o à sua condenação e, talvez, esse homem, que teria morrido a blasfemar, se atirará nos vossos braços. Todavia, não tendes que indagar se o fará, ou não; socorrei-o, porquanto, salvando-o, obedeceis a essa voz do coração, que vos diz: "Podes salvá-lo, salva-o!".
Lamennais - Paris, 1862.
            Evangelho Segundo o Espíritismo – Allan Kardec
            Amar ao próximo como a si mesmo – Cap. XI : 15

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